Enfim...

Conheço no mínimo trezentas maneiras sinceras de se dizer eu te amo, exagerar é bom quando tem motivos para incentivar! Mas nenhuma delas com palavras. Porque amor não é amor de dicionário. Amor não é palavra. Não existe amor sem olhos nos olhos, sem lágrimas, sem corpos com alguma coisa carnal, sem mordida, sem tapas, sem ódio. Não existe amor sem ódio. Porque quem ama, odeia. Claro que odeia, sente raiva, não aceita, não entende, esperneia, grita, perdoa e depois faz tudo de novo sem entender o porquê. E o amor tem contrário. O contrário do amor é a indiferença a raiva, o frito desesperado, a mudança de humor, palavras que machucam. Mas a indiferença não é importante. O amor... se infiltrar por dentro da gente e faz com que cada molécula de nosso corpo perca completamente a noção do que é, do que faz. Amor não é emoção é desorientação mesmo, amor não é paixão, amor não é essa coisa toda, é essa estupidez retratada em novela das sete. Amor se faz complexo quando você perde a noção das coisas e começa a pensar no futuro ou não sabe mais por que os pássaros simplesmente tem a capacidade de voar. Dizem que amar é simples, mas quem concordaria? Todos que já amaram uma ou outra vez sabem. Amar não é fácil porque amar dói e como dói! E ainda tem aquele que acha que não se ilude que amar não deveria doer. E convenhamos: se amar fosse fácil assim, se amar simplesmente acontecesse de forma natural, se amar não precisasse de esforço, se não precisasse de dedicação, se não precisasse de cultivo, não teria graça, todos gostamos de nos arriscar, de possibilidades de coisas difíceis e impossíveis, tudo fácil a gente abusa. Quem ama? Por que se deve amar? Amor fácil é como felicidade que não conhece tristeza. Não existe. Não de verdade. Mesmo não dizendo nada. Então amar é isso. Amar é se envolver com o outro e tentar levar adiante uma relação sem qualquer motivo racional. Amor não tem explicação racional. E amor também não se compreende e nem se entende. O máximo que se pode fazer é senti-lo ou aproveitá-lo. Senti-lo com tudo que vem junto. Senti-lo com dores lancinantes que fazem você quere explodir, senti-lo com felicidades incomparáveis. E isso todos vocês sabem. Perdoem se até agora eu não disse nada de novo, se não inovei, se não criei. Mas venhamos e convenhamos: não da para mudar. O que eu queria era colocar pra fora tudo que está engasgado. Eu queria gritar pra mim mesmo e pedir para que parasse de doer, de triturar isso na minha cabeça. Eu queria mesmo era ter certeza de alguma coisa. Porque saber que amor é repleto de insegurança isso esta na cara. Que amor não quer exagero falso, mas também que não se agüenta sem demonstração. Amor é sutil e gosta de detalhes. PEEEERA, amor gosta do exagero nos detalhes tanto quanto dos detalhes do exagero, só que você também que se por a provar que tudo que é demais é veneno, por isso que as vezes ACABA sem nem perceber, por que aquele momento foi tão vivido que você não tem mais o que viver. E amor seguro é amor falso. Porque amor seguro é daqueles que acham que podem, como disse um grande sábio, agüentar qualquer coisa. E me diga, o que seria do amor se não um infinito bem desenhado?  Porque amor se faz-se só, não se cria. E amor não se faz claro! De maneira alguma, de modo algum, em situação nenhuma. E amor só nasce se você quiser amar. Pra se manter um amor tem que se ser forte, capaz de aguentar coisas que já mais foram vividas, foram vistas, só cada um será capaz de saber, depois de colocado a prova! Uma certeza é certa: Amar, seja lá o que for ou estão em dicionários e faladas por ai, depende do que seja, vale à pena. Amar vale cada grama de esforço empenhado. Amor pode até ser uma desgraça. Mas me diga: do que seria se não houvesse amor? É, “sem amor eu nada seria”. E, ah, sabe o que eu queria colocar pra fora que está engasgado aqui dentro? Que eu te amo. Era isso. É bem dita como se diz bom dia na boca de muitos, eu sei, mas é bonito, quando falado com sinceridade! Sério, Eu te amo.