terça-feira, 5 de julho de 2011

aprendendo com a vida

Mais uma vez a noite chega, e eu estou deitado na varanda, observando a lua e perdido em pensamentos altos e obscuros. Eu sempre sonhei com uma pessoa que me arrastasse dessa escuridão e me levasse pra um lugar com mais amor. Mas é como dizem: depois que te magoam uma vez, que te fazem mal, você passa a ter menos confiança, e acreditar menos nas pessoas. Mas eu não desistia e, mesmo com o coração cheio de marcas profundas, com todas as cicatrizes, as dores, os sofrimentos, eu ainda sentia que alguém estava por vir, que alguém diferente ia entrar pra mudar a minha vida radicalmente. E foi assim que aconteceu. Em uma sessão de cinema, foi onde eu a conheci. Seus cabelos eram grandes e loiros, e seu perfume cheirava a aqueles perfumes caros de países estrangeiros, sabe? Eu esbarrei-a e acabei derramando sua pipoca no chão. Ela um pouco brava –a coisa mais linda do mundo com raiva- me mandou olhar por onde eu andava, e eu me desculpei. Perguntei seu nome –que eu não vou citar porque não importa e o objetivo da história é outro- e ela respondeu, ainda com raiva. Pedi como forma de perdão que ela me acompanhasse e assistisse ao filme comigo, já que eu costumava ir ao cinema todos os finais de semana sozinho, e ela aceitou. Nos conhecemos, e marcamos de sair mais vezes… A cada dia que eu conhecia mais aquela mulher, nossa, eu sentia ainda mais que ela seria a mulher certa, que ela seria a mulher pela qual eu passei esses anos todos deitado na varanda vendo a lua passar. E demorou um bocado pra eu conquistá-la, demorou, porque ela era osso duro de roer. Não era mulher para qualquer um. Mas como eu disse, parece que nós tínhamos sido feitos um para o outro. E que ironia, só parecíamos mesmo… O tempo foi se passando, e a “mulher da minha vida” foi mudando. Ela foi ficando fria, ela não aceitava meus carinhos do mesmo jeito que aceitava antes, e eu definitivamente não fui mais o mesmo. Eu tentava buscar o motivo, onde eu tinha errado, o que eu tinha feito pra ela ter mudado desse jeito. E eu sentia que eu estava a perdendo, foi aos poucos, mas eu senti cada pedacinho indo embora assim, de fininho, me corroendo. Até que chegou um dia em que nem eu mais reconhecia onde estava, o que estava vivendo, que situação eu estava presenciando. Eu não conhecia mais a mulher que eu estava namorando, era como se eu estivesse ao lado de uma estranha. Então decidimos tomar a decisão mais certa e precisa para nós dois: terminar. No começo doeu muito, mas eu acostumei. -a gente acostuma né? E eu voltei a viver minha vidinha idealizada de sempre. Aulas de segunda a sexta, treinos de futebol e cinema sozinho nos fins de semana. Mas não pense que eu saí ileso dessa situação. Eu também mudei, e foi pra melhor. Passei a dar mais valor a mim. Parei de tentar procurar a pessoa certa, o amor perfeito… Quer saber? Agora ele que me ache! E como já dizia a sábia Tati Bernardi: Aprendi também que por mais que você queira muito alguém, ninguém vale tanto a pena a ponto de você deixar de se querer.


Nenhum comentário:

Postar um comentário